quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Em família... - Parte 1

Era uma noite incomum para Rick que, sentado em uma das salas de espera do Saint Mungos, aguardava pacientemente por sua mãe. Revivia os últimos momentos no trem de Hogwarts vividos com Ise... Sentia o coração pulsar mais forte ao vê-la se aproximar do seu vagão de trem, loirinha, olhos azuis de olhares tão intensos... Quase não fazia diferença que era sua prima...Ela se sentara ao seu lado e com um olhar diferente falou:
- Olha...Sei que não há como você saber onde moro, já que papai usou o feitiço fidelius pra esconder nossa casa... Mas...Eu preciso te visitar nessas férias...Conversar sabe...
Ah sim, Rick sabia. Se aproximaram em mais um beijo de despedida. Rick não conseguira falar nada, era tudo tão diferente para ele, aquele sentimento não era algo ao qual já estivesse acostumado... Mas agora lhe vinha algo na mente muito perturbador... Suas famílias não se falavam desde a morte de seu pai, mesmo sendo parentes tinha um ódio mortal do seu tio. Seu tio e seu pai trabalharam juntos, seu pai era dono da companhia de transportes mágicos MRyan, e juntamente com seu tio, que era um bruxo muito conhecido por suas habilidades mágicas de curandeiro e enfeitiçador, estava desenvolvendo um projeto de uma nova vassoura de corrida. Seu pai morreu em um dos testes do produto, atingido por estilhaços de 25 vassouras e sem varinha, e seu tio tentou malignamente tomar a companhia de seu pai. Então após muito esforço que debilitou muito a sua mãe, conseguiram de novo a companhia... Mas ... Após aquele sentimento por Ise, tudo parecia sem sentido, ele só queria estar perto dela, sem se importar o que pensaria sua mãe e o resto da família...
- Filho, que saudades.
De sobressalto Rick viu sua mãe correndo em sua direção. Parecia mais linda e jovem do que jamais a vira: o tratamento no St Mungos dera resultado. Se levantou e abraçou sua mãe.
- Mãe você tá ótima! - Disse ele soltando-a. - Está diferente. - Sua mãe sorria.
-Me sinto revigorada, e pronta pra retomar a vida da nossa família. - Disse sua alegre mãe.
-Que bom... Vai ser ótimo não estar sozinho naquela casa enorme nas minhas férias. - Rick não teve a intenção, mas parecia ter falado algo que emocionara muito sua mãe, porque podia ver lágrimas correrem de sua face. Mas sua voz foi firme quando falou:
-Me desculpe, eu enfraqueci muito, deixei você de lado, filho, pra vivenciar minhas mágoas. Você me perdoa?
Os sentimentos de Rick não podiam dizer nada daquele momento, se sentira envergonhado por ter tocado naquele assunto, agora queria apenas voltar pra casa, e por sua sorte, foram interrompidos do momento família por um estalo. Yeremiah, que era amigo da família há anos e agora vice-diretor da Mryan, desaparatava na sala de espera junto com o curandeiro que tomara conta de sua mãe.
-Srta Ryan. - O Curandeiro falava lhe entregando um rolo de pergaminho. - Precisará tomar essa poção uma vez ao dia. -Disse enquanto puxava a varinha e com um aceno aparecia um vidrinho minúsculo de uma poção lilás. - 3 gotas ao café da manhã...
-Curandeiro Amy Mark Stivens, por favor comparecer ao terceiro andar, sala 315. - Uma voz feminina ecoava em todo hospital.
-Bom é minha deixa. - Disse o jovem curandeiro. - Espero que siga corretamente o tratamento para continuar a melhora ... Até ...- E com um aceno para todos com mais um estalo desapareceu.
-Yeremiah.
-Que bom vê-lo rapaz, parece muito maior do que da última vez que o vi. - Disse Yeremiah estendendo a mão
-Também é muito bom te ver. - Respondeu Rick retribuindo o aperto de mão e o sorriso. -Bom ... vamos? - Disse Rick a sua mãe.
-Claro... Rick eu preciso passar no Ministério primeiro, tenho um horário hoje com o chefe da execução das leis em magia para discutir os últimos detalhes dos termos de propriedade da companhia.
-Claro. - Respondeu Rick. - Eu vou indo pra casa, nem desfiz minhas malas.
-Jantaremos com sua avó. Ela irá hoje a noite lá em casa.
-Que bom,faz muito tempo que não a vejo.
-Lia...É... Estamos quase atrasados. - Falou Yeremiah.
-Ah sim ... Vamos indo então. Se cuida filho, até mais tarde.
Rick viu um aceno gracioso, ao vê-la desaparecer sobre um rodopio e um estalo.
Era muito bom ver tudo bem, sua mãe parecia muito melhor e passaram bons momentos nas férias, se divertindo como nunca, duelavam, e sua mãe tinha um desempenho jovial, visitaram o povoado na Transilvânia na primeira semana de férias, e aproveitaram muito o fato de Rick ser agora maior de idade e poder aparatar e realizar feitiços fora da escola. Na segunda semana aconteceu algo que realmente deixou Rick com uma alegria infinita, estava no seu quarto praticando feitiços aleatórios com seus objetos quando viu uma coruja preta com as pontas das asas brancas, que ele já ficou feliz ao ver, Ise então finalmente escrevia. Retirou um rolo de pergaminho muito lindo todo floreado, que se desenrolou em suas mãos, ele ficava cada vez mais feliz enquanto lia.
Rick;
espero que tenha pensado em mim nessa semana que passou. Desculpa não ter escrito antes, e como eu disse quero muito te visitar nessas férias pra conversar com você. Pensei muito no que você me falou naquela noite, sobre o que você sentia. Fico feliz por você ter confidenciado a mim...Quero que saiba que sinto o mesmo por você... nem tivemos chance de nos falar , e tenho medo de ser interrompida escrevendo essa carta(meus irmãos estão muito chatos e papai foi pra passar dois dias em Little Winging) vou viajar sozinha para comprar o material em Londres e ficarei hospedada com a Alice... Me encontre no dia 5 de agosto na Strean's ás 5 da tarde. Se puder estar lá mande a coruja com a resposta,...
Com amor, Ise
Após dar água para coruja de Ise, rick mandou o sim como resposta pela coruja e não podia caber em si de tanta felicidade, desceu para o jantar sozinho, pois sua mãe estava na companhia. Após o jantar subiu as escadas, e andava pelo corredor do segundo andar da sua casa quando...
"CLACK"
Um estalo conhecido, um gemido de dor, seja lá o que fosse que estava no seu quarto, estava sofrendo. Sacou a varinha. O bom senso lhe dizia para ter cautela, mas reunindo coragem acenou a varinha e a porta do seu quarto se escancarou, caído no chão coberto de farrapos e numa poça de sangue, estava seu irmão...

Continua...

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