Rich chegou em casa totalmente atordoado, entrou pela porta da frente e foi andando sem olhar para o chão.Havia um pequeno degrau na sala de estar, o menino passou direto por ele, resultado:um menino se esborrachando no chão.
-Você está bem filho?-Perguntou um homem alto, de uns quarenta anos, muito parecido com o menino estirado a sua frente.
-Estou ok, pai, só caí no chão.
-Como foi o passeio com a ruiva?
-Muito bem, pai.
-Filho, eu quero conversar uma coisa com você, vamos pro seu quarto. - Disse-lhe Bruno ajudando o filho a levantar-se.
-O que você quer me falar, pai?
-Acredite em mim, você não vai querer que sua mãe escute. - Bruno abriu a porta do quarto do filho e entrou.
-Pode falar, pai.
-Você está apaixonado pela ruiva não é?
-Por que você acha isso?-Disse ele suando frio.
-Bem, a primeira coisa que fez quando chegou aqui foi pedir minha coruja emprestada e escrever pra ela, quando ela o convidou para a casa da tia você só faltou soltar fogos de artifícios, quando você chegou aqui veio mais abobalhado que um vampiro e o mais importante ela foi a única que não o fez desistir de Defesa Contra as Artes das Trevas.
-E o que mais?
-Sua irmã a chamou pro casamento por sua causa, mas a ruiva disse que estava na casa do pai em Londres.
-A ruiva tem nome, pai.
-Se eu soubesse ajudava, a sua irmã não quis falar, com medo que você a esganasse.
-O nome dela é Sophie.
-Mas anda desembuche pro seu pai, você está apaixonado por ela não?
-Talvez.
-Ricardo...
-Tá bem, pai eu estou gostando dela sim.
-Então em que ano ela está? Ela é italiana? Inglesa? -Bruno começou a bombardear o filho com perguntas.
-Ela está no 5º ano, é inglesa.
-Hum, puxou a tradição de seu velho pai, por se apaixonar pelas inglesas?
-Parece que sim. Eu acho as inglesas menos nariz empinado, como a mamãe.
-Por que não a chama para sair mais vezes?-Perguntou Bruno sentando-se em cima da escrivaninha do filho.
-Por que eu não quero assustá-la, eu sou apenas amigo dela. Pelo menos por enquanto.
-Mas vocês estão na Itália! Um dos lugares mais românticos do mundo, quer oportunidade melhor?
-Eu já tentei de tudo com aquela garota e nada dá certo!
-Se eu tivesse desistido de sua mãe, não estaria conversando com você agora.
-Espera um pouco, a mamãe se fez de difícil?
-Você acha que sua mãe foi fácil, além da distância, ela foi bem difícil pra sair comigo demorou dois anos e só saiu por que sua tia quase a obrigou!
-Eu preciso de um conselho, aonde você acha que devo levá-la no próximo encontro?
-Aonde vocês foram nesse encontro?
-Villa Borghese.
-Por que não leva a minha moto e saí com ela por aí, meio sem destino, fazendo um tour rápido pela cidade inteira?
-Pode ser. E se ela não gostar?
-Se sua mãe gostou, com certeza ela irá gostar.
-Muito bem, papai, agora eu queria fazer umas coisinhas de assunto pessoal, por favor me deixe só.
-Tudo bem... Espero que os meus conselhos ainda sirvam de algo. - Falou Bruno antes de fechar a porta e ir embora.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
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