quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Mistérios

A verdade tomou conta de Rick apenas segundos depois que seu irmão aparatara, Helior (seu tio e pai de Ise) havia sido morto por seu irmão, Dan novamente sumiu sem sequer terem uma chance de conversarem, e após apenas alguns minutos os aurores do ministério chegariam ali, a casa de sua família e o negócio da família estavam sob investigação do ministério desde a morte de seu pai, e fatalmente detectavam feitiços e magia das trevas feitos na casa. Todos saberiam de mais um assassinato na família Ryan, o medo de que Ise jamais fosse perdoá-lo por seu erro o tomou, sentiu-se culpado pela morte de Helior, Dan poderia apenas tê-lo imobilizado, mas... realmente Rick percebeu como seu irmão havia mudado, matar...assim parecia ter sido tão fácil...
Não conseguiu se levantar do chão onde sentara, estalos de aparatação tomaram conta de sua casa, Aurores, e integrantes do ministério, um bruxo baixo e decidido puxou a capa que usava e Rick pode ver um Bruxo de meia idade, grisalho usando um óculos de apenas uma lente, que com uma voz sem comoção alguma falou:
- Meu nome é Augurius Singer As quatro e vinte e cinco da manhã dessa terça-feira, foram detectados na residência dos Ryan o uso me uma maldição imperdoável, como previsto nas leis mágicas, o autor da maldição imperdoável será imediatamente levado a Azkaban esperando pela sentença na corte suprema dos bruxos.
Rick permaneceu em silêncio até que o bruxo o mirou e outros quatro aurores ficaram em formação as suas costas examinando o local, então disse:
- Você é Rick Ryan?
- Sim senhor – Respondeu prontamente Rick ainda no chão – E minha mãe está logo ali desacordada. Apontara com a varinha para o lado.
- Nos perdoe Ryan, mas terá que prestar depoimento sobre o ocorrido essa noite – e pegou um rolo de pergaminho nas vestes, mas antes de ler olhou para Ryan perguntou:
- Você está bem jovem?
- Sim...
- Levaremos sua mãe para o St. Mungus, pois ela estava em tratamento, e não queremos correr o risco de reanimá-la erroneamente.
Rick só ouvia tudo, e concordava como se nem estivesse presente naquele quarto parcialmente destruído, o Sr não mais se dirigiu a Rick, apenas virou as costas rodopiou e saiu enquanto dois bruxos do ministério levavam sua mãe e desapareciam no mesmo lugar onde anteriormente desaparecia aquele senhor. Dois aurores se aproximaram de Rick e o mais alto deles vestindo uma capa roxa falou com uma voz passiva:
- Temos que levá-lo até o ministério, se quiser trocar essas roupas rasgadas... - o auror parecia lutar contra o seu intimo ao ser educado, Rick se levantou e disse:
- Sim... e... vou pegar umas vestes... já volto.
Não havia como negar, a situação era muito complicada, para todos os efeitos, um membro famoso da família Ryan fora morto, e Rick não sabia como tirar seu irmão de cena. Caminhou para o quarto ao fim do corredor a direita, onde havia algumas vestes suas para serem lavadas, ao passar por uma sala que antigamente ele e seu irmão usavam para brincar, Rick viu alguma coisa acender e apagar soltando uma fumaça fina e suave. Rick abriu a porta e reparou os móveis daquela sala, todos agora cuidadosamente ajeitados, mas ainda restava muitos vestígios dos seus freqüentes exploradores, muitos objetos mágicos, pequenos objetos muito coloridos que outrora apitavam, rosnavam, mas agora só teimavam em mostrar luminosidade. Rick se aproximou da escrivaninha aonde avistara aquela fumaça, viu um antigo pergaminho que ele e seu irmão ganharam um igual cada de seu pai, ambos os garotos ficaram perplexos, quando o seu pai antes de presenteá-los no natal lhes dava um pedaço de pergaminho cada um, lembrou Rick.
“ – Vamos garotos peguem – dizia Seu pai, e ao ver as caras de espano dos filhos acrescentou – garanto que vão achar isso muito útil, vocês vivem usando objetos mágicos pra se comunicarem a distância, esse pergaminho foi enfeitiçado por um bruxo antigo chamado Horph, o que se escreve em um aparece escrito em outro, e se realmente vocês dois tiverem uma forte ligação serão capazes de transmitir seus pensamentos um para o outro através deste pergaminho.”
Havia algo escrito no pergaminho em cima da escrivaninha, Rick o pegou e leu:

Rick
Você tem que contar a verdade ao ministério, não omita que eu matei helior, será melhor assim. Faça tudo que puder para que mamãe fique bem.
PS. Não se perde muita coisa, Helior estava envolvido com comensais da morte, eles forneciam remessas ilegais em troca de favores. E tem mais uma coisa sobre papai que eu queria te contar, mas como não podemos nos falar mais, manteremos contato.
JAMAIS TENTE ME ENCONTRAR
Daniel Ryan.


Isso jamais faria sentido, se Dan era um comensal, por que então parecia desaprovar contatos de Helior com comensais? O que ele estava tramando, e por que contara isso agora? Uma coisa Ryan sabia sobre seu irmão, ele realmente queria que o ministério soubesse sobre Hélior, mas e o que Dan queria lhe contar sobre o pai? Rick se sobressaltou ao ouvir passos, pegou a varinha e arrumou suas vestes, colocou o pergaminho em baixo da escrivaninha, e seguiu os aurores que já estavam quase a sua porta.
Chegar ao ministério da magia usando a rede de flu foi muito desagradável, os aurores sequer o acompanhara pelo que via, apenas uma bruxa jovem de cabelos muito negros e muito elegante que trazia uma descrição no peito, “Jéssica Privett – Secretária Jr”.
- Rick Ryan? Perguntou Privett mirando-o dos pés a cabeça.
- Sim...
- Siga-me.
Sem trocarem mais nenhuma palavra Ryan começou a segui-la pelo átrio do ministério até a chegarem ao elevador, encontraram o elevador vazio, desceram apenas o que pareceu um andar, Rick ouviu uma voz suave de mulher anunciar:
“quinto andar – Sub departamento de execução das leis de magia , anexos salas de interrogatório.”
Privett saltou fora do elevador e Rick a seguiu, até chegarem a uma sala no fim do corredor sem descrição nenhuma a porta. Privett abriu a porta e o Rick pode constatar que Augurius Singer já o esperava na sala.
- Sente-se Sr. Ryan – Disse o Sr. Singer sem se levantar apontando a poltrona atrás da sua mesa, Rick se sentou, e esperou que o Sr. Singer novamente falasse – Sou encarregado de investigar os acontecimentos dessa noite em sua casa, serei direto e gostaria apenas que o Sr. Falasse quando solicitado, tudo bem?
- Sim Senhor – Rick estava ainda absorvendo tudo o que acontecera, sempre fora muito educado para com as pessoas, mas estava quase como que um zumbi apenas ouvindo ordens e as cumprindo.
- O Departamento de controle de feitiços, me informou que foram executadas na sua residência essa manhã uma maldição imperdoável, o senhor poderia me dizer exatamente o que aconteceu?
- Sim senhor...
Rick pensou, e já sabia o que fazer, resolveu não mentir, fosse qual fosse o jogo de seu irmão, Rick apenas seguiu as instruções, por que tinha que obter mais informações, e se queria as obter, seu irmão precisava confiar nele, e, omitindo algumas informações, contou que seu irmão tinha desaparatado direto no seu quarto com ferimentos gravíssimos, então Rick o levou para hélior, que o medicou, mas quando retornaram, Hélior voltou, e os atacou, e, sua mãe surgiu e foi atacada por hélior...Por fim contou da intervenção de seu irmão...
- Então seu irmão está vivo? Ele matou hélior?
- Meu irmão se tornou um comensal Sr Singer.
- Como? Sério?
- Sim Senhor. Ele matou hélior, principalmente por que Hélior tinha envolvimento com comensais, mas de alguma forma o negócio deles ia mal.
- Como sabe disso Sr. Ryan?- Perguntou o Sr. Singer surpreso.
- Meu irmão e Hélior duelaram antes de meu irmão matá-lo, ouvi a discussão.
- Claro...exato... preciso... acho que abrir novas investigações – O Sr. Singer parecia desconcertado – vamos vigiar sua casa por segurança, e agora quero que vá.
Se levantando Rick ao chegar a porta ouviu o Sr. Singer dizer:
- Ótimo ano em Hogwarts.
- Obrigado Sr.
Agora era só pensar em como omitir a verdade a Ise e como conversar com seu irmão.

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