Aurélio sentiu um leve frenesi, dando um suspiro prolongado, mas recuperou o porte assim como a mulher em seus braços que abriu os olhos delicadamente:
-Mil desculpas, Sr.Wallace, não sei o que deu em mim, e-eu.-Falou a ruiva de repente, deixando cair algumas lágrimas.
-Por favor não chore, a culpa foi minha. A senhorita estava apenas fazendo o seu trabalho como anfitriã da festa.
A ruiva se afastou do loiro e ficou de costas para o mesmo:
-Me perdoe Senhor Wallace, não costumo fraquejar na presença de desconhecidos.
-Não tem problema senhorita, mas por favor não chore...Minha intenção não foi assustá-la.
-Na verdade não estou assim pelo susto...
-Então, por quê?-Perguntou o loiro, curioso.
-Por tudo, pelo casamento,pela festa, pela vida mesquinha que levo...
-Não, não é verdade, senhorita...
-Como eu queria ser como você, Sr. Wallace.
-Como eu?
-É...Sem obrigações para com a sua família.Como não queria ser sangue puro como o senhor e poder ajudar os outros...
-Ser sangue puro não impede em nada.
-Como pode saber?
-Porque eu sou um sangue puro.
A ruiva abriu a boca, surpresa.Como um sangue puro poderia se rebaixar aquele nível? Se juntar a sangues ruins e trouxas? As lágrimas da ruiva secaram quase que instantaneamente. E naquele momento ela não pensava em mais nada, apenas o encarava, surpresa.
-É tão chocante assim?
-E a sua f-família?
-Mortos.
-Eu sinto muito...
-Não sinta, apenas não se alie a Voldemort.-Vendo que os olhos da ruiva se arregalaram, o loiro continuou.-Sei muito bem que os aurores na festa são apenas uma fachada Srta.Armstrong, os comensais matam aquilo que os atrapalham.Eles não possuem um propósito. Por isso faça a escolha certa enquanto há tempo. Com licença.
Enquanto o loiro ia embora a ruiva o olhava completamente desamparada, pois finalmente a predadora perdera suas presas, se tornando assim a caça.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
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